A resolução de problemas complexos é um dos principais desafios do momento em que estamos vivendo. Os avanços da tecnologia aceleraram o consumo e a comunicação, ao mesmo tempo em que geram uma quantidade imensa de dados. Tudo isso impôs novos desafios para empresas e tem exigido novas habilidades de líderes e colaboradores.
Hoje são muitas variáveis para se considerar em uma resolução de problemas. Além de ter que fazer isso com agilidade, já que o mundo está cada vez mais conectado e, por isso, somos forçados a tomar decisões rápidas o tempo todo. Não à toa, o Fórum Econômico Mundial elegeu a capacidade de resolver problemas complexos como uma das dez habilidades mais importantes para o profissional do futuro.
Com a automação cada vez maior de tarefas simples e repetitivas, os profissionais do futuro terão que se preparar para responder a demandas cada vez mais complexas. Por isso, explicamos abaixo um pouco melhor o que significa essa característica e como a abordagem de design thinking pode ajudar no processo.
O que são problemas complexos?
Problemas complexos são aqueles que não podem ser resolvidos com respostas preestabelecidas e são conhecidos sempre depois que ocorreram. Geralmente, tratam-se de situações que demandam conhecimento técnico, mas a superação desses desafios vai além. O processo envolve também o uso da lógica e da criatividade, para encontrar novos métodos e processos.
Muitas vezes, estamos falando de obstáculos que nem sequer foram mapeados e surgem de forma inesperada. Ou então que incomodam há um tempo, mas que não recebem a devida atenção, justamente devido à sua complexidade, como o próprio nome já diz. Nesses casos, o time não conhece a causa que o originou e quais são as suas consequências.
Essa é uma das soft skills cada vez mais requisitadas para líderes e equipes. Com a automação das tarefas mais simples, os profissionais que se destacarão são aqueles capazes de fazer o que as máquinas não fazem: usar as experiências humanas, a inovação e a criatividade para encontrar soluções.
Uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, por exemplo, estima que até 2025, pelo menos um terço dos empregos exigirá a habilidade de resolver problemas complexos.
Como o design thinking pode ajudar na solução de problemas complexos?
Como você viu, o pensamento analítico e a criatividade são a chave para superar desafios nas empresas. Mas como criar ambientes de trabalho que estimulem essas capacidades? Uma das opções mais eficazes é o design thinking, uma abordagem de resolução de problemas complexos centrada na colaboração, empatia e experimentação.
Desenvolvida originalmente no campo do design de produto, essa metodologia é utilizada por empresas de diversos segmentos. Trata-se de uma prática muito versátil, que pode ser adaptada a diferentes contextos para organizar ideias e incentivar novos insights.
Para isso, o design thinking se baseia em três pilares para a resolução de problemas: empatia, colaboração e experimentação.
Empatia
A empatia é a capacidade de olhar para um problema se colocando no lugar de quem está passando por ele. Sejam clientes, parceiros, fornecedores ou até mesmo profissionais da própria equipe. Com empatia, é possível pensar em ideias inovadoras que sejam realmente funcionais para o cotidiano de todos os envolvidos. Pensando em seus desafios diários e em como isso impacta nos problemas que estamos estudando para encontrar a solução.
No design thinking, é muito importante ir a fundo nas dificuldades apresentadas. Pensar no contexto, nos detalhes e ver como eles afetam o todo. Assim, é possível encontrar alternativas menos óbvias, mas que podem ser mais eficientes para aquela situação.
Solucionar problemas nem sempre será um caminho linear. Por isso, é importante desenvolver uma cultura organizacional empática, que entenda as tentativas e eventuais falhas como formas de aprendizado.
Colaboração
Outro aspecto fundamental do design thinking é a colaboração, pois a ideia é que o processo envolva toda a equipe para resolver os problemas da empresa de forma inovadora. E essa é uma tarefa multidisciplinar e a experiência e repertório de cada profissional ajuda a ter uma abrangência maior na observação da questão.
Além disso, a colaboração está muito relacionada com a empatia. Quando trabalhamos em conjunto, conseguimos nos colocar mais facilmente no lugar dos outros. Além de desenvolvermos a capacidade de o entender melhor, saindo da nossa zona de conforto e das certezas absolutas. Assim, seremos capazes de ter ideias mais criativas resultando em inovação.
Experimentação
Por último, a experimentação é outra forma importante de resolver problemas com design thinking. Desenvolver soluções não é um trabalho apenas teórico, mas passa também por experimentar diferentes possibilidades e ver qual se encaixa melhor àquela circunstância.
Baseando-se na experimentação constante, a equipe pode fazer ajustes aos poucos, sem precisar encontrar uma versão definitiva, de imediato. Isso serve para o desenvolvimento de serviços e produtos, mas também para processos internos e novos modelos de negócio.
Com esses três pilares, o time conseguirá trabalhar com mais flexibilidade para enfrentar os desafios que surgirem. Além de desenvolver um clima organizacional mais saudável e uma rotina de trabalho mais eficiente.
Como incentivar a empatia na resolução de problemas complexos?
Para que o design thinking faça parte do cotidiano, você precisa desenvolver uma cultura organizacional que incentive as habilidades citadas. A empatia, em especial, deve perpassar todas as ações da equipe. Guiando tanto a forma como os colaboradores se relacionam internamente, quanto com usuários e clientes.
Confira algumas dicas para incentivar essas habilidades em você e no seu time.
Desenvolva a escuta ativa
Para ser empático, é importante desenvolver a habilidade de ouvir os outros. Não apenas de forma mecânica, mas realmente prestando atenção aos detalhes. Esse é um dos passos fundamentais para a primeira etapa da resolução de problemas, que é a de entender o contexto e os detalhes daquela situação.
Muitas vezes, ouvimos os outros apenas esperando nossa vez de falar. Na escuta ativa, você deve se engajar no que está sendo dito. Para isso, algumas opções são registrar os pontos mais importantes do que foi dito e fazer perguntas para confirmar o que ouviu, por exemplo. Mas o mais importante é mostrar-se interessado em conhecer o outro e ajudá-lo. Para conhecer mais sobre escuta ativa, assista ao nosso webinar com Thomas Brie.
Saiba observar
Ouvir é fundamental, mas também é preciso ir além. Prestar atenção na linguagem corporal, nas omissões e no contexto em que as pessoas estão inseridas também é fundamental para desenvolver a empatia que ajudará na resolução de problemas complexos. Essa parte pode ajudar a entender aspectos que as próprias pessoas envolvidas não conseguiram verbalizar, por exemplo.
Deixe de lado ideias pré-concebidas
Colocar-se no lugar do outro exige a capacidade de deixar de lado seus preconceitos e julgamentos prévios. Só assim você consegue realmente entender o contexto que foi colocado e os detalhes daquele problema.
Lembre-se que, nesse exercício, o objetivo não é estar sempre certo. Mas ter humildade para reconhecer o que os outros estão falando e extrair soluções a partir disso. Tenha curiosidade, faça perguntas e busque entender diferentes perspectivas, sempre de forma respeitosa, é claro.
Aprenda com os erros
Como você sabe, erros são comuns na resolução de problemas complexos. São situações que envolvem muitas variantes e, nem sempre, vamos conseguir encontrar respostas na primeira tentativa.
Por isso, é importante ter empatia, acolher os erros e aprender com eles. Esse fator está intimamente ligado com outro pilar do design thinking, a experimentação, e ajuda a aprimorar soluções com mais facilidade.
Uma liderança inovadora precisa estar aberta ao erro e incentivar essa cultura na empresa, considerando que a experimentação não garante o sucesso imediato. Com responsabilidade e planejamento, falhar pode ser uma forma de acumular conhecimentos para seguir avançando.
Gostou de saber mais sobre o uso dos pilares do design thinking para resolver problemas complexos? Então conheça mais sobre essa abordagem no nosso workshop in company!
Aprendendo em conjunto, sua equipe desenvolve um mindset colaborativo, que ajudará na hora de encontrar soluções inovadoras. Entenda como funciona e entre em contato para agendar!