O princípio das organizações ágeis é adaptar-se rapidamente em um cenário de intensas transformações. O modelo de gestão ágil direciona os esforços na otimização dos processos e oportunidades de inovar, tornando a operação eficiente, bem como imprimindo velocidade na experimentação e evolução de novos produtos e serviços para acompanhar o dinamismo do mercado.
Uma pesquisa feita pela McKinsey, revelou que as organizações ágeis apresentam melhores indicadores de desempenho a longo prazo. A mudança de mentalidade de gestão dessas empresas impacta positivamente em diversas áreas: tempo de entrada no mercado mais rápido, maior crescimento da receita, custos reduzidos e alto engajamento.
Para implementar um modelo de cultura ágil, centrada nas pessoas e que oportunize um ambiente criativo para promover a inovação, é preciso desenvolver entre líderes e liderados as principais competências demandadas atualmente: criatividade, capacidade de resolução de problemas complexos, empatia e colaboração.
Organizações que implementaram a jornada ágil de forma bem sucedida propõem uma comunicação aberta e métodos de trabalho mais flexíveis e dinâmicos, a partir de efetivas ferramentas e metodologias inovadoras que permitem operar em ciclos de decisão rápidos, como por exemplo:
-
OKR
A metodologia de Objectives and Key Results (OKR), é aplicada para estabelecer objetivos e resultados-chaves claros e mensuráveis, definidos em um período de tempo específico. Assim, as estratégias e objetivos da empresa passam a ser acompanhadas e ajustadas para alcançar melhores resultados, contribuindo para o alinhamento entre os times para que todos caminhem na mesma direção e tornando a rotina organizacional ágil.
-
Lean Thinking
Lean thinking, ou, em português, “pensamento enxuto”, é uma forma de reduzir o desperdício dos processos organizacionais. A ideia é aproveitar o potencial de cada pessoa de forma organizada para que proponham de forma proativa e colaborativamente soluções eficientes para otimizar os processos em prol de um mesmo objetivo.
-
Scrum
Considerada uma das metodologias mais utilizadas em organizações ágeis, o Scrum se baseia na divisão dos projetos em etapas cíclicas, que são conhecidas como Sprints com duração de duas a quatro semanas. Diariamente, durante um período preestipulado, é promovida uma reunião para atualização do andamento do projeto para otimização das entregas. E o que não está na pauta de execução ficam armazenadas em “backlogs”.
-
Design Thinking
O design thinking é uma abordagem ágil centrada no ser humano, altamente colaborativa, experimental e visual que propõe encontrar soluções inovadoras e criativas de forma conjunta, apostando na diversidade de ideias para resolver necessidades ou problemas das pessoas.
-
Squads
Modelo organizacional inovador para gerenciamento de equipes autônomas e multidisciplinares que consiste na formação de pequenos grupos de trabalho, com um objetivo em comum para resolver uma demanda específica, com data para começar e um prazo para terminar. Eficiente metodologia para aumentar a colaboração e garantir o funcionamento dos times mesmo à distância, mantendo o engajamento e resultando em entregas de alto valor.
Acesse o artigo Lideranças Inovadoras para compreender como a estratégia ágil é considerada aliada da cultura de inovação nas organizações.
Desenvolver o mindset ágil em lideranças impulsiona a inovação nas organizações ágeis
A agilidade é considerada um dos maiores propulsores da inovação dentro das organizações. Para desenvolver o mindset ágil em lideranças, recomendo a leitura do livro A Jornada Ágil: um caminho para inovação. A obra, da qual sou uma das autoras, foi escrita colaborativamente por especialistas em inovação e organizações ágeis e funciona como um guia para orientar as lideranças a migrarem para um modelo de gestão ágil.
A mudança de mentalidade por um modelo ágil de pensar e agir permite responder prontamente aos desafios e oportunidades, bem como criar estratégias efetivas para obter resultados exponenciais.
A abordagem ágil substitui o modelo de gestão a base do comando e controle por uma liderança ágil e inovadora que estimula a autonomia nas relações de trabalho e um ambiente de colaboração propício para que ideias inovadoras fluam e as pessoas se desenvolvam.
Diante de contexto altamente exigente e de mudanças em ritmo acelerado, o novo líder deve ser ágil, capaz de tomar decisões com base em dados existentes, estimular a colaboração e despertar um senso de propósito maior no time, gerenciando as possibilidades de erros e assumindo eventuais riscos.
Além dessas habilidades, ainda deve estar atento às tendências, assim como apostar na mudança e estimular as pessoas a gerarem ideias inovadoras e aplicá-las na prática, mantendo-se disposto ao processo de aprendizado contínuo.
O líder ágil conhece o mercado em que atua e se antecipa à concorrência. É disruptivo, inquieto e não se conforma com padrões consolidados. Busca ter mais autonomia para quebrar paradigmas e ajudar a desenhar o futuro.
Traços culturais comuns em organizações ágeis:
Ausência de zona de conforto: consideram o sucesso efêmero, e regularmente, procuram melhorar, mesmo quando são bem-sucedidas e estão em fase de crescimento acelerado;
Alinhamento: buscam constantemente o alinhamento e a clareza em torno do seu propósito e de seus valores;
Aprendizado constante: abraçam a falha como uma oportunidade de aprendizado; tem um propósito forte, vitalidade e mentalidade de evolução a partir de cada experiência e são abertos ao feedback constante;
Decisões rápidas: tomadas de decisão ágeis acontecem não apenas durante uma crise, mas todos os dias, sempre que há a necessidade de se posicionar frente a um desafio ou oportunidade;
Capacidade e sinergia: permanente capacidade de execução, altos níveis de responsabilidade, pensamento centrado no cliente e sinergia entre equipes;
Transparência: empresas que possuem uma cultura ágil têm transparência nas suas atividades no nível estratégico, tático ou operacional, e suas decisões focam a resolução de problemas e aproveitar oportunidades
Equipes colaborativas e interdisciplinares: os times atuam de forma autônoma nas negociações, nas tomadas de decisão e nas soluções de conflitos e problemas. São definidos considerando as habilidades necessárias para a realização de um determinado serviço ou projeto e estimulados a assumirem o protagonismo em cada entrega.
Qualquer organização pode tornar-se ágil. Por esse motivo, a transição de uma gestão tradicional para uma gestão ágil tem sido amplamente difundida. Como apresentado neste artigo, a agilidade organizacional oferece uma série de vantagens para que as empresas adaptem-se às novas dinâmicas do mercado em comparação com as abordagens tradicionais de gestão, como o aumento da produtividade, além de maior flexibilidade e eficiência das operações.
Deseja implementar a cultura ágil na sua empresa? Conheça os cursos e workshops disponíveis para ajudar a tornar sua organização ágil.