Em um cenário no qual há uma verdadeira corrida de informações e que se você não estiver atento, acaba perdendo o caminho, a liderança digital surge como uma nova forma de se pensar as dinâmicas dentro das empresas. Mas como isso se deu? A criação de diversos canais e pontos de contato entre pares, empresas-clientes e do ecossistema aliado com as ferramentas tecnológicas que permitem a extração e disseminação de informações acabaram por construir uma nova realidade em diferentes âmbitos, inclusive para os negócios. Entre os propulsores das mudanças, podemos citar algumas inovações tecnológicas como a Internet das Coisas (IoT), Big Data, Machine Learning, Inteligência Artificial, etc.
Com tudo isso acontecendo, a liderança digital não é mais um opcional, como aponta o especialista Josh Bersin. Já em 2016, em uma pesquisa com o MIT, com mais de 1.000 CEOs participando, 90% dos executivos acreditava que os negócios deles estavam sendo interrompidos ou reinventados por modelos de negócios digitais e 70% não acreditava ter as habilidades certas, liderança ou estrutura operacional para se adaptar aos novos tempos. O que não é uma boa posição para se estar. O ideal, conforme Bersin, é que as empresas comecem a “agir digital”, criando um novo modelo de gerenciamento, com a liderança dos CEOs e o auxílio das ferramentas tecnológicas.
Um dos comportamentos que os líderes digitais estão tendo, de acordo com Alex Shootman, e que vai ao encontro do “agir digital” e da “liderança digital”, é o de tratar o trabalho, o que o time deles faz, como um ativo de primeiro nível. O que isso quer dizer? Que a administração financeira, o gerenciamento de recursos humanos, o gerenciamento dos clientes, o relacionamento com os clientes e as tecnologias foram investidos para serem ativos de primeiro nível. Por isso, por conta de tal investimento em ativos tão importantes para a empresa, eles não estão mais dispostos a gerenciar o trabalho com recursos legados. É preciso ter colaboração multifuncional, responsabilidade, visibilidade, modelo de negócio, modelo de marketing, distribuição e tecnologia suficientes para que todos atuem juntos como um time e alcancem resultados. É neste ponto que as tecnologias podem servir de aliadas para a liderança digital.
3 tecnologias para liderança digital
Separamos 3 tecnologias que podem ser utilizadas para alcançar uma gestão inovadora e contar com a colaboração e participação dos times capitaneados pela liderança digital. Confira:
1. Ferramentas para contratação de colaboradores
Os sistemas de recrutamento digital otimizam os processos de contratação de colaboradores e permitem maior precisão na realização de um primeiro filtro. Um exemplo é o da Under Armour, empresa com viés esportivo e internacional, que recebia mais de 30 mil currículos mensais. Era bastante desafiador na hora de selecionar e contratar. Por isso, a liderança digital investiu em um processo de recrutamento no qual os gerentes criavam e estruturavam entrevistas com perguntas pré-gravadas. Se os requisitos da etapa fossem atendidos, os candidatos passam para uma fase com um entrevistador da empresa.
2. Plataformas de e-learning
O e-learning corresponde ao ensino digital, no qual são utilizadas tecnologias da internet para repassar o conhecimento aos alunos e garantir um desenvolvimento no desempenho deles. Para isso, conta-se com dispositivos digitais, como computadores, tablets e mobile, e uma conexão de internet. Em outra modalidade, temos ainda os treinamentos e cursos EAD (educação a distância), o Microlearning (atividades de aprendizagem de curto prazo) e o M-learning (que utiliza o ambiente dos dispositivos móveis, como smartphones, e pode ser realizado por meio de aplicativos, redes sociais acadêmicas, entre outros).
3. Modelo de negócios plataforma
As empresas plataformas têm alcançado o sucesso por meio da sua estratégia de criação de conexões. Elas facilitam as conexões entre as pessoas e a empresa e, também, entre as próprias empresas plataformas. A interação entre os participantes é um ponto-chave do modelo. Dentro disso, destaca-se como é fácil estabelecer uma conexão, a amplitude de serviços, como se dá o fluxo de trocas e, a partir de então, o processo de co-criação. É fundamental que a liderança digital esteja olhando para os negócios que estão crescendo e que foram estabelecidos em cima de plataformas, inclusive utilizando-as como um apoio dentro da própria empresa e da construção e desenvolvimento de objetivos para os seus colaboradores.
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