Como será o futuro do trabalho? Sem bola de cristal, mas com base em pesquisas e tendências, é possível prever algumas das mudanças que ocorrerão em breve. De acordo com o Instituto Global McKinsey, por exemplo, o mundo do trabalho está em um estado de fluxo, o que pode estar causando certa apreensão e ansiedade para os profissionais. Por um lado, o desenvolvimento e a popularização da automação por meio de novas tecnologias, como robótica e inteligência artificial, traz a clara promessa de produtividade e eficiência. Por outro, tais avanços tecnológicos suscitam dúvidas complexas sobre o impacto delas, de forma mais ampla, nos empregos, habilidades e salários.
Atualmente, já se consegue analisar diferentes tipos de trabalho que têm um alto potencial para serem automatizados. Da mesma forma, a relação de busca por cargos e empregos está mudando, plataformas de colocações profissionais têm tornando o processo mais autônomo e digital, facilitando o encontro das melhores oportunidades pelos profissionais que mais têm perfil para preencher as vagas. Os trabalhadores independentes também estão migrando e estabelecendo suas ofertas de serviços por meio de plataformas digitais, colocando abaixo conceitos tradicionais e convencionais de como o trabalho é ou deveria ser realizado.
Para a Deloitte Insights, no meio desse cenário, a resposta para o futuro do trabalho, de forma mais otimista, pode se encontrar na redefinição do que é o próprio trabalho. A ideia do trabalho em si, da maneira tradicional que se é passada, é bastante abstrata e, por isso, frustrante. Nessa lógica, “nós vamos trabalhar, terminamos o nosso trabalho e trabalhamos em alguma coisa”. Ou seja, é ao mesmo tempo um lugar, uma entidade e uma lista de tarefas e saídas para serem colocadas em prática e alcançadas. Então, o que realmente é trabalho? E, dentro disso, qual o futuro do trabalho? Em uma época de inteligência artificial, é preciso dar uma resposta criativa, que traga ganhos às pessoas e de novas tecnologias.
Por conta disso, a redefinição do trabalho, dentro do que será o futuro do trabalho, está modificando uma série de fatores para os colaboradores de uma organização: tempo, esforço e atenção em suas atividades. A automação, dentro disso, consegue liberar a capacidade dos trabalhadores do que é considerado operacional. Embora, enfatiza a Deloitte, é preciso pensar além de automatizar funcionários e aumentar a tecnologia. Então, em uma época de robôs e interação humana, uma forma de identificar e abordar problemas e oportunidades é cultivar e utilizar capacidades humanas para áreas que envolvam identificação, solução, implementação e iteração. Pense no uso da empatia para entender um contexto no qual um cliente utilizará um produto ou serviço e encontrar um problema. As pessoas podem usar curiosidade e criatividade para explorar as causas, coletar informações, analisá-las e ver possíveis soluções.
As perspectivas para o futuro do trabalho
Se tanto mudará no futuro do trabalho, como as pessoas devem se inserir nessas novas situações? Jeff Schwartz, Heather Stockton e Kelly Monahan mostram que há determinados impactos e questões a serem avaliadas, para que exista, de fato, uma inclusão.
- Reavaliação de políticas: as instituições e sociedades devem reavaliar e repensar as políticas legais e reguladoras, como a atualização das definições de emprego, regras para formação de empresas e lançamento de um negócio como empreendedor. Os formuladores de política precisam fomentar o surgimento de novas formas de trabalho e preparar os cidadãos para a transição.
- Educação no futuro: não se trata só do futuro do trabalho, mas também da educação. Será preciso uma atualização de habilidades muito mais dinâmica ao longo da carreira e os ecossistemas precisam estar prontos para levar essa questão em consideração e fornecer uma estrutura que possa ajudar às pessoas a desenvolverem seus talentos mais rapidamente e de forma continuada. A partir de agora, o aprendizado será uma constante até o momento que essa pessoa resolver abandonar um trabalho produtivo.
- Tecnologia e aprendizado: mais do que otimização de processos, as novas tecnologias e formas de aprendizado devem ser empregadas no sentido de aprimorar a relação e a colaboração entre humanos e máquinas, extraindo o melhor de ambos. Com isso, os líderes precisam estar atentos e garantir que as tecnologias estejam conectadas às necessidades de clientes e funcionários.
- Estratégia de força de trabalho: os dados se tornarão os grandes aliados dos líderes, identificando, por exemplo, quando uma tecnologia está atrasando os resultados e como isso afeta a estratégia de força de trabalho.
- Linguagem de tecnologia: os trabalhadores, mais do que nunca, devem se tornar fluentes em uma linguagem de tecnologia, em nível básico de conhecimento e proficiência.
O mundo muda o tempo todo, o próprio conceito de trabalho tem se modificado ao longo dos anos. Nesta equação, existem dois atores principais: o profissional — que precisa investir em capacitação em tempo real para não ser consumido pelas novas tecnologias — e as organizações — que precisam criar novas ferramentas para seguir evoluindo e implantar uma cultura de aprendizado contínuo na empresa. Não há dúvida de que o futuro do trabalho nos reserva grandes surpresas, o ponto é: como vamos esperar!
Quer saber mais ou tem alguma dúvida? Preencha o formulário abaixo. Será um prazer lhe ajudar nesta empreitada!