Existe um DNA empresarial que restringe a inovação a poucas empresas? Se você já fez essa pergunta saiba que não é o melhor olhar para se colocar neste âmbito. A inovação está disponível para todos, porém, em diferentes aspectos. Inovar é criar valor aos clientes, aprimorar o novo, sair da zona de conforto. Isso pode ser feito em grande escala, a partir de uma ideia disruptiva no mercado, como também ao implementar um processo automatizado em uma organização tradicional. O ponto é: existem milhares de exemplos, mas não há uma fórmula padrão para o que possa ser considerado inovador.
Na verdade, o DNA empresarial está nesta busca pelo o que não faz parte da rotina e otimiza alguma tarefa, situação, interação, etc. Essa mudança pode ser desde a criação de empresas como o Airbnb, que mudou a forma das pessoas se hospedarem e se tornou um grande negócio sem possuir sequer uma oferta própria física, como um hotel. Como também a implementação de um programa no qual os colaboradores possam expor suas opiniões do que é oportunidade ou ameaça para os negócios, mudança no modelo de negócio, diversificação de canais, formação de redes de colaboradores, entre outros.
A busca por eficiência, criatividade e produtividade pode gerar insights valiosos e que transformarão uma equipe, um setor ou toda a organização. Quando falamos do DNA empresarial interno, por exemplo, estamos falando das mudanças que não geram impactos diretos no mercado (na ótica de visibilidade, como a implantação de uma nova rede social). No entanto, trazem vantagens competitivas para um negócio e alteram indiretamente o rumo do segmento. Dentro do cenário empresarial, inovar deve ser algo que entre na rotina do dia a dia.
DNA empresarial: como funciona a inovação interna?
No momento em que fatores que impedem a inovação interna são superados, é possível estabelecer um ciclo interno. Barry O’Reilly, especialista no tema, lista algumas das características que ajudarão a desencadear um DNA empresarial diferenciado, selecionamos as principais:
1. O CEO e a equipe executiva devem aceitar, orientar e encorajar quem estiver interessado em participar de novas iniciativas. Os colaboradores que se engajarem têm a missão clara de trazer mais ideias que deverão se tornar pilares do crescimento da empresa.
2. A honestidade na avaliação de suas capacidades é um passo importante. Saber como funciona sua cultura, a disposição da equipe e o apoio da liderança em relação a atitudes inovadoras. Com isso mapeado, deve-se definir estratégias adequadas para metas que estejam alinhadas com o seu potencial, ao menos naquela situação.
3. As estratégias devem estar no plural. Ou seja, buscar iniciativas que se complementam e executá-las ao mesmo tempo.
4. Encontrar e capacitar talentos. Fornecer conhecimento e permitir a evolução da equipe na criação de suas próprias soluções para resolver problemas é um método para garantir inovações mais abrangentes.
DNA empresarial: inovações de mercado
Dando sequência ao nosso raciocínio de inovação para todos, o DNA empresarial acaba sendo mais visível, principalmente para o público B2C (empresa-consumidores) do que para B2B (empresa-empresa). E, da mesma forma, tem uma divulgação maior quando é o protagonista de uma revolução global e de ampla cobertura, como é o caso do Google, Tesla, Facebook, etc. De todo modo, dentro dessas mesmas organizações, existem processos que estão constantemente rodando em busca de mais e mais inovações. É um ciclo que não para.
DNA empresarial, criatividade e inovação fazem parte do Google. Aliás, prova de sua notoriedade é que ele se tornou algo além de um site de buscas. Hoje o Google é a Alphabet. Uma empresa de A a Z. É imprescindível para o ser humano. Está com dúvidas? Joga no Google. Quer saber um endereço? Vá ao Google. É até mesmo um verbo: “googlar”. Entretanto, mais do que um buscador, a empresa está sempre alerta a tendências e investe fortemente em diferentes projetos. Neste caso, o Google Home foi eleito um dos destaques, por ser um alto-falante de inteligência artificial com foco nas pessoas. O que ele faz, resumidamente, é aprender e executar comandos eficientes para, por exemplo, soluções domésticas.
O exemplo do Google serve para mostrar que mais do que uma inovação grandiosa, como é o buscador por si só, é essencial continuar procurando internamente por maneiras de atender demandas e aperfeiçoar atividades. A tecnologia está aí para isso, com automatizações, inteligência artificial e Indústria 4.0. Então, não é preciso começar uma startup do zero para ser considerado um negócio com “DNA empresarial da inovação”, basta apenas abrir espaço – e a mente – para que colaborativamente o movimento de solucionar se torne natural.
É o que se conclui quando se estuda a história de grandes empreendedores. De Thomas Edison até Steve Jobs, há características que fazem que o DNA empresarial se manifeste em diferentes níveis. Exemplos: a introdução de algo e a melhoria de um produto ou processo, a propensão em assumir riscos e aprender com falhas, a necessidade de ser pioneiro, a paixão pelas causas escolhidas (foco no que se pretende fazer ou estimular), o desejo pelo “criar”. Todas podem ser utilizadas em diversos cenários, basta sair do papel e colocar em prática, prototipar, testar, corrigir, implantar. Pronto para inovar da sua maneira?