Design Thinking no processo de inovação

Design Thinking

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O Design Thinking é uma abordagem ágil que auxilia as organizações a colocarem a inovação em prática, independentemente do segmento ou nível de maturidade. Essa forma de ação não se restringe apenas a empresas inovadoras, podendo ser aplicada em diversos setores. 

Empresas que adotam o Design Thinking continuamente estão redesenhando seus negócios para avançar no processo de inovação e eficácia, visando atender melhor às necessidades de seus clientes.

Ao aplicar essa abordagem ágil como o Design Thinking, é possível explorar diferentes pontos de vista, resolver problemas complexos, e partir para a exploração de possíveis soluções e construção de protótipos para testes e posterior implementação. Neste artigo, vamos apresentar em detalhes essa abordagem e como sua empresa pode se beneficiar dela. 

Origens do Design Thinking

O Design Thinking tem suas origens nos Estados Unidos, onde o termo já era utilizado desde os anos 1970 em diferentes áreas, como ciência, engenharia, arquitetura e educação. 

No entanto, a sistematização dessa abordagem voltada para resolução de problemas complexos é creditada a Tom e David Kelley, juntamente com Tim Brown. Os irmãos Kelley fundaram a IDEO, uma empresa de consultoria em design reconhecida mundialmente, em 1991. Tim Brown, presidente da IDEO, tornou-se uma das principais vozes do conceito. Ele lançou o livro “Change by Design” em 2009, que se tornou um best seller entre inovadores  de todo o mundo. Esse conceito ganha repercussão mundial e passa a ser adotado em diferentes situações. 

Neste infográfico apresentamos a evolução que o Design Thinking teve nos últimos 15 anos

Você pode conferir algumas representações desta abordagem no infográfico abaixo.  Clique para acessar o material completo

O Design Thinking não se limita apenas a uma prática de pensar. Trata-se de uma abordagem ambiciosa e aberta a todos. Suas ideias surgem da criatividade dos participantes, com técnicas para serem testadas e validadas. 

Assim, não basta sentar e fazer um brainstorming ou uma reunião. O Design Thinking é muito mais amplo do que isso. Ele incorpora essas ferramentas, mas vai além. A seguir, vamos falar mais sobre isso. 

Vantagens do Design Thinking

O Design Thinking é centrado nas pessoas e baseado em empatia, colaboração e experimentação. Essa perspectiva contribui para a inovação de processos, produtos e serviços, além de possibilitar a reformulação dos já existentes em cenários complexos.

Baseando seu trabalho no Design Thinking é mais fácil perceber os pontos fortes e os riscos dos projetos. Além disso, a abordagem estimula novas ideias para melhorias e incentiva a criatividade, que é uma grande aliada da inovação. 

Nesse contexto, o papel do designer é o de facilitador, extraindo informações criativas de pessoas comuns e ajudando a identificar significado, insight e inspiração. Afinal, a participação ativa do time é fundamental para garantir soluções adequadas aos problemas em estudo.

Uma das dinâmicas do Design Thinking é o processo colaborativo que promove a empatia entre todos os envolvidos em um projeto ou tarefa, permitindo a observação das necessidades das pessoas antes de definir uma solução. A diversidade do time de projeto é imprescindível para construir soluções inovadoras e eficazes que resolvam o problema em questão.

A abordagem considera três aspectos:

  • Praticabilidade: o que é possível ser aplicado em um futuro próximo.
  • Viabilidade: o que poderá ser implantado de forma sustentável na organização.
  • Desejabilidade: o que faz sentido para as pessoas?

Um exemplo prático de aplicação do Design Thinking é o caso da Oral-B, que observou como as crianças manuseavam as escovas de dente e desenvolveu o produto “squishy grip”. Esse produto apresenta um cabo grande e macio, facilitando o controle da criança e melhorando a experiência de limpeza dos dentes. A empresa conseguiu inovar e transformar a indústria ao utilizar a empatia para entender melhor as necessidades das crianças em relação às escovas de dente.

Princípios do Design Thinking

Uma cultura organizacional inovadora é um dos pilares para a formação de grupos colaborativos no processo de Design Thinking. Para isso, é necessário adaptar a cultura da empresa para a inovação, criando um ambiente propício com as condições adequadas para implementar essa abordagem.

Entenda a importância do Design Thinking na mudança da cultura organizacional, contribuindo para a inovação e criatividade

Além disso, o Design Thinking segue cinco princípios: 

  • Colaboração: proporcionar que as pessoas trabalhem juntas para compreender os diferentes pontos de vista e criar soluções que geram impacto real e positivo na vida de todos.
  • Experimentação: visualizar, o mais rápido possível, novas situações para compreender, melhorar e testar hipóteses, antes que sejam desperdiçados tempo e recursos financeiros.
  • Empatia: compreender, efetivamente, as necessidades das pessoas para desenvolver soluções que estejam profundamente comprometidas com a melhoria da situação atual.
  • Multidisciplinaridade: quanto mais visões diferentes, mais ideias para serem amadurecidas e testadas. Por isso é tão importante estabelecer um processo democrático e colaborativo. Afinal, a riqueza de ideias está na diversidade de perfil dos participantes.
  • Ausência de julgamento: o ambiente para o processo de Design Thinking deve ser livre de julgamentos. Os participantes precisam se sentir parte do processo e com total liberdade para sugerir diferentes pontos de vista. 

Essas diretrizes promovem o trabalho conjunto, o teste de hipóteses, a compreensão das necessidades das pessoas, a diversidade de ideias e a criação de um ambiente livre de julgamentos.

Como implementar essa abordagem?

Existem várias maneiras de aplicar o Design Thinking no processo de inovação, como a abordagem do duplo diamante, que prevê quatro momentos de divergência e convergência. 

A primeira etapa é de divergência em que se busca descobrir o tema em questão e em estudo. A segunda é a convergência em que se trabalha para definir a persona, identificando perfil, comportamento e necessidades do público alvo. O terceiro momento volta a ser de divergência e serve para desenvolver uma solução para o tema em questão. A quarta fase, chamada de entrega, é quando se define um protótipo para testar a solução. 

A representação gráfica mais utilizada é o duplo diamante criado pelo Conselho Britânico e Design.  

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Mais do que ferramentas, o Design Thinking envolve uma mudança cultural 

É importante destacar que adotar o Design Thinking no processo de inovação exige mais do que apenas capacitar os profissionais para utilizarem ferramentas ágeis. É fundamental avaliar como cada indivíduo pensa sobre suas atividades e reage aos estímulos do dia a dia, fazendo os ajustes necessários para que a mentalidade ágil faça parte da cultura organizacional.

No livro “A Jornada Ágil – um caminho para inovação” do qual sou uma das co-autoras, abordamos de maneira prática essa perspectiva e como implementá-lo no processo de inovação de uma organização. O livro apresenta uma série de ferramentas para auxiliar no processo de inovação, seja em uma startup, em uma empresa de tecnologia robusta ou até mesmo em empresas tradicionais no caminho da transformação ágil.

O Design Thinking é uma abordagem bem interessante para o desenvolvimento de modelos de negócios inovadores. Ao utilizar dados, visões de mundo, pensamento visual e elaboração de protótipos, essa abordagem transforma ideias em produtos, serviços, novos processos e conhecimento, promovendo a inovação.

Além disso, essa abordagem promove habilidades como empatia, experimentação, colaboração, multidisciplinaridade e liberdade, o que contribui para uma cultura de inovação nas organizações.
Se você está interessado em implementar o Design Thinking no processo de inovação da sua organização, entre em contato e vamos conversar sobre a possibilidade de realizar um workshop personalizado, desenhado sob medida para as suas necessidades.

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