A flexibilização dos processos organizacionais aparece entre as principais tendências nos últimos anos. Mas, diante da crise causada pela pandemia do Coronavírus e também as transformações pelas quais as empresas estão passando, rever a cultura organizacional para que seja mais inovadora é essencial para quem quer manter o negócio em um ambiente incerto e desconhecido.
A dinâmica que surgiu com o isolamento social no Brasil obrigou muitas empresas a se adaptarem de forma rápida. Essa agilidade colocou em situação de vulnerabilidade até mesmo as organizações que já adotavam o Home Office, mesmo que de forma parcial. E, com esse cenário, muitos decisores viram no trabalho remoto uma forma de manter os talentos engajados e até mesmo economizar em recursos, além de ampliar a produtividade.
Tudo isso sem contar que, ao romper a barreira física, a empresa pode contratar colaboradores do mundo inteiro, com diferentes habilidades para somar à equipe. As vantagens são inegáveis, mas, ainda assim, muitos executivos não estão prontos para dar mais autonomia para a equipe.
Por isso neste artigo, vamos dar algumas dicas de como operar no pós-normal e como preparar a empresa para trabalhar de forma eficiente no futuro pós-pandemia. Todos os caminhos levam a flexibilização, seja da jornada de trabalho ou dos processos internos. Confira no artigo!
Por que implementar uma cultura organizacional inovadora?
Seja para reter talentos ou aumentar a produtividade, a flexibilidade traz inúmeros benefícios tanto para a empresa quanto para o colaborador. Tudo isso sem contar que uma cultura organizacional inovadora e flexível melhora (e muito!) a relação dos decisores com seu time.
É natural que líderes precisem de colaboradores com habilidades técnicas, que pensem de forma criativa, colaborem efetivamente e se adaptem rapidamente às mudanças. Por isso, a flexibilidade e uma relação mais próxima é necessária tanto para as pessoas como para o desenvolvimento dos negócios.
É evidente que a cultura organizacional inovadora é relevante para qualquer empresa. Listamos aqui os principais benefícios dela:
- A cultura inclusiva busca atender às necessidades de cada indivíduo, fazendo com que os funcionários se sintam mais motivados.
- O desenvolvimento das tecnologias têm facilitado esse processo e, hoje, a tendência é que cada vez mais atividades possam ser realizadas remotamente. E seguir as tendências é chegar na frente da concorrência.
- Os recursos que eram destinados à infraestrutura no escritório podem ser realocados para outras melhorias e expansão dos negócios.
- O aumento da satisfação dos colaboradores e a produtividade resultante reduz a rotatividade na empresa.
6 passos para construir uma cultura organizacional inovadora (e como a flexibilidade ajuda nisso)
O LinkedIn listou no Relatório de Tendências Globais de Talentos de 2019, os principais passos para a facilitar a inclusão da cultura organizacional inovadora nas empresas. A pesquisa foi feita com base em dados comportamentais gerados pelos mais de 590 milhões de membros da plataforma que estão presentes em mais de 200 países. Confira:
Passo 1 – Mapeie os tipos de flexibilidade
Realize pesquisas com a equipe para ter a certeza do que eles precisam. Afinal, de nada adianta oferecer a flexibilidade somente na teoria, sendo que na prática nenhum deles desfruta desse benefício.
Um dos tipos de flexibilidade mais demandado é a possibilidade de trabalhar remotamente, eventualmente, mas mantendo uma mesa no escritório. Outra situação bastante solicitada é a autonomia para se afastar por algumas horas da empresa para resolver questões pessoais. Outra possibilidade é a liberdade em fazer um horário independentemente do expediente da empresa e dos demais colegas. Assim, o funcionário poder evitar o trânsito nos horários de pico ou buscar os filhos na escola, por exemplo.
Passo 2 – Estabeleça parcerias com equipes de suporte externo
Equipar os funcionários para viabilizar o trabalho da melhor forma possível com as tecnologias adequadas contribui com a produtividade. Além disso, otimizando o espaço do escritório para equipes semi remotas, a organização reduzirá despesas em infraestrutura.
Por isso, a gestão de dados, acesso ao ambiente remoto como VPN da empresa exigirá das equipes de TI suporte técnico aos funcionários para utilizarem o espaço com a maior eficiência e segurança possível.
Passo 3 – Incentive a comunicação por meio da tecnologia
Quando a comunicação é feita apenas por e-mail, quem trabalha remotamente pode, muitas vezes, se sentir sozinho ou deixado de lado pela empresa. Por isso, as videoconferências e os serviços de mensagens instantâneas devem ser explorados para recriar a disponibilidade que existe no trabalho presencial. Já que não é possível caminhar até a mesa de outro colega para tirar dúvidas ou trocar ideias no bebedouro e durante o cafezinho. Assim, essas ferramentas tornam-se úteis não somente para a colaboração mútua, como também para a criação de novas ideias.
Passo 4 – Informe sobre a política flexível
Todas as informações a respeito da flexibilidade devem estar presentes nas descrições de cargos, durante as entrevistas com candidatos e nas reuniões de equipe além de estar publicadas em ambientes com acesso de todos. Compete ao líder responder e sanar as dúvidas. Esclarecer os equívocos comuns será mais fácil para manter as expectativas alinhadas, tanto as da empresa como as dos colaboradores.
Passo 5 – Prepare os líderes para a flexibilidade
Não basta apenas mudar as políticas e contratar as soluções tecnológicas. Outra parte importante do processo de criação de uma cultura organizacional inovadora é a adaptação dos processos internos e da cultura vigente.
Para isso, organize treinamentos para orientar os gerentes a liderar as equipes flexíveis. O treinamento deve se concentrar em aspectos técnicos, culturais e, principalmente, em como manter os trabalhadores remotos envolvidos não só durante a transição, mas para que essa cultura não se perca ao longo do tempo.
Passo 6 – Seja flexível na flexibilidade
Você pode adaptar suas políticas de flexibilidade para atender contextos, necessidades e objetivos comuns ao ambiente em que seus colaboradores estão inseridos.
E mantenha-se atualizado(a) . À medida que a tecnologia avança e torna a flexibilidade mais viável para uma quantidade maior de funcionários, é preciso reavaliar as políticas existentes e verificar como torná-las ainda mais inclusivas.
Como está funcionando a adaptação à flexibilidade na sua empresa? Você e sua equipe estão preparados para acompanhar essa tendência? Conte a sua experiência aqui nos comentários.